quinta-feira

indeclarável

o pobre irmãode um dente torto e uma cor tição
se deu conta de ter uma mal feito
e o remorso no peito

sem riso, sem brilho
torturou seu espelho e expulsou o maldito
pois a espinha ainda esfria
quando a perna, aquela que jazia
perde o controle no escuro

ele só quer acordar direito
e sem sua sombra o acompanhar
reviver aquilo que escapou
e se perder por lá, mas não amanhã

já que os traços até agora eram perfeitos
sem lombadas ou esquinas
e talvez por isto e ainda mais
os seus olhos pesam e pesam.

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